Muito se ouve falar que “colo demais estraga o bebê”. Ô pensamento errado este, não é mesmo?

O que se tem comprovado, através de estudos acadêmicos, é que crianças que recebem carinho desde o seu nascimento, na verdade, desde a sua gestação, tendem a ter uma capacidade de adaptação às novas experiências, às frustrações e às aprendizagens com mais vigor e menos dor. Crianças que vivenciam demonstrações de afeto, que são acarinhadas, estabelecem relações sociais aprendendo a interagir e se sentir integrante ao meio social de maneira mais empática e segura, além de desenvolver habilidades criativas e emocionais de maneira mais consistente, tornando-se seres seguros e autônomos.

Quando bebê a criança tem a necessidade do colo, do aconchego e do acalanto como forma de segurança e de abrigo. O colo permite que a criança sinta o seu calor, seus batimentos e, por consequência se recorde da vida uterina.

Desta forma, ao se deparar com o choro do bebê, não somente acalante em seu colo, mas fale com ele olhando nos olhos, sorria e demonstre que você está ali para acolher seus medos e sua insegurança.

Abaixo, listamos alguns dos muitos benefícios do afeto para as crianças pequenas e como você, adulto, pode proporcionar estes benefícios:

  1. Até os três anos de idade a criança necessita sentir segurança e aprovação das suas atitudes. Precisa do contato físico, do acalanto, para criar vínculos de referência, seja com os pais, avós, cuidadores. O afeto proporciona, também, a inserção de limites, o cuidado e a fortificação dos laços que trazem autonomia para a criança.
  2. O afeto pode ser realizado através de uma palavra de carinho, de um gesto, de um sentar junto e brincar, de uma ajuda na alimentação, ao contar uma história, ao cantar uma música.
  3. A afetividade trazida por um adulto de referência influencia no temperamento, na personalidade e no crescimento cognitivo da criança. Garantir que ela esteja segura em suas ações sejam afetivas, sejam no aspecto físico ou social, proporcionam a criança um desenvolvimento cognitivo sadio.
  4. O cuidado desferido à criança deve ser responsivo, ativo e estimulador. Colocar-se como ouvinte, demonstrando à criança sua preocupação e escuta diante das suas falas, proporciona o desenvolvimento da autoconfiança e do autocuidado.

5.Dar voz à criança, permitindo que ela se sinta livre e segura para demonstrar seus sentimentos, sabendo que será acolhida, ouvida e amparada, permite que o vínculo afetivo seja construído e fortificado de modo a colaborar com seu desenvolvimento.

Permita que sua criança ou as crianças que a você foram confiadas (no caso de professores / cuidadores) estejam em desenvolvimento pleno. Propicie afeto, carinho, leveza, acolhida e escuta ativa.

Gerencie os momentos de troca de tal modo que sejam efetivos e constantes. Crie memórias afetivas, ofereça exemplos de afetividade e acalanto. Seja um marco positivo na infância de alguém!

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