O desenvolvimento da fala, da linguagem da criança, quase sempre é motivo de preocupação de pais e professores. Quando a criança começa a estabelecer comunicação? Quando ela começa a falar? Ela se comunica sem usar a fala, é normal? Como incentivar a fala?

Um assunto que pode ser muito explorado, se os adultos mediadores estiverem dispostos a incentivar, estimular, desenvolver a criança.

Hoje, trazemos para a nossa reflexão, a Fonoaudióloga e Psicopedagoga Andrea Panaro que trará algumas reflexões e dicas a fim de auxiliar-nos no dia a dia com a criança.

Você sabe qual a diferença entre fala e linguagem? Andrea nos explica que “fala são os códigos utilizados pelo sujeito para se comunicar através da linguagem oral. Já a linguagem, diz respeito a comunicação em suas diversas formas, seja através de fala, sinais, símbolos, gestos.” Com isso, entendemos que, muitas vezes, a criança estabelece uma comunicação não verbal, apontando, fazendo alguma expressão facial, porém ainda não utiliza a fala como meio de comunicação.

Adultos acabam estimulando, de maneira equivocada a comunicação não verbal em crianças pequenas, atendendo suas necessidades sem incentivo da fala, do uso da língua. A criança aponta e o adulto pega. Fazem, sem conhecimento de que tal prática se torna prejudicial na medida em que o tempo passa. Porém como deveríamos agir? O que devemos esperar da fala das crianças? “De 0 a 1 ano, converse com seu filho. Dê significado aos sons que ele faz e aproveite o dia a dia para se comunicar com ele! De 1 a 2 anos, insira músicas, livros e comece a brincar com sua criança, mas dê tempo para que o mesmo possa retornar as respostas para você! A partir de 2 anos, mantenha o diálogo de forma clara e objetiva! Não repita as palavras que seu filho fala da maneira errada. Dê o modelo certo para ele e amplie seu vocabulário e as ações de brincar. Inicie e incentive a respostas do tipo o quê, quando, onde, como, quem, por quê.” – relata Andrea.

Muitas dúvidas surgem ao observarmos o desenvolvimento das crianças. Podemos notar a fala errada, a ausência da fala e, nem sempre sabemos como agir de modo a colaborar positivamente para que o desenvolvimento da criança seja efetivado com qualidade. Hoje, com os meios digitais difundidos, muitas crianças deixam de ser estimuladas pelos pais/ cuidadores, por ficarem tempo demais entretidas em frente às telas. Podemos incentivar a fala de maneira lúdica, através do brincar e, assim, evitarmos “atrasos” de fala, colaborando para o desenvolvimento da criança, como nos alerta Andrea […] a criança amplia seu conhecimento de mundo através do brincar e da interação com o outro. Por este motivo, é essencial que se brinque e interaja com seu filho com todas as mídias desligadas (TV, celular, tablet).” O alerta nos faz refletir sobre o quanto tempo nossas crianças passam em frente às telas e o quanto tempo perdemos na interação.

Mas, minha criança fala, porém, pronuncia de forma errada. Posso intervir? Como faço sem causar constrangimento? Esta também é uma grande preocupação das famílias e dos cuidadores/ professores. Andrea nos indica a melhor forma de agir: “Qualquer adulto pode favorecer a melhora do desenvolvimento do esquema fonêmico através do modelo de fala correto. Fale a palavra da maneira correta, mas não se faz necessário pedir para criança repetir. Além disso, usar músicas que tenham repetições, rimas e sons das letras também pode ajudar.”

Sempre de forma lúdica, através do brincar e do interesse da criança, podemos incentivar a fala, ampliar a linguagem e fazer com que a criança se desenvolva de maneira global, com cuidado, responsabilidade e sob o olhar atento do adulto mediador e interventor de boas práticas.

Conseguimos, em casa, estimular nossas crianças no dia a dia, de maneira a deixa tudo prazeroso, incluso na rotina, estimulando a fala e a linguagem. Vejam algumas dicas deixadas pela fonoaudióloga Andrea Panaro, dentre outras que ela compartilha em suas mídias sociais:

Brincar com caretas

Brincar com rimas e cantigas

Fazer a leitura de livros

Incentivar o sopro

Brincar de faz de conta

Imitar e observar os sons do cotidiano, sons de animais

E um ponto crucial para nos fazer refletir sobre o desenvolvimento da criança: “Para quem não está acostumado, ser brincante é algo que é trabalhado e desenvolvido! Brincar ajuda o desenvolvimento infantil e precisa de um adulto engajado.” – Andrea Panaro

E se você precisa de uma orientação especifica de uma Fonoaudióloga, entre em contato com a Andrea. Ela desenvolve um trabalho muito rico, com dicas e orientações deixadas em suas mídias sociais. Está à disposição para atendimento online, pelos canais:

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Instagram @fonoandreapanaro

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E-mail: andreapanaro@gmail.com