Como pais, educadores, estamos sempre atentos ao desenvolvimento infantil, as dificuldades e os avanços das crianças. Sempre buscamos ampliar a vivência dos pequenos em prol do seu desenvolvimento global.

Dúvidas, anseios e insegurança podem surgir durante o processo maturacional da criança e, neste momento, o acompanhamento profissional seja para uma avaliação, ou para uma simples conversa é primordial.

Desde o nascimento da criança nos atentamos ao seu desenvolvimento motor: se sustenta a cabeça, se consegue rolar, sentar, engatinhar, andar… se mantém equilíbrio, se cai com facilidade.

Quantas são as dúvidas das famílias e dos profissionais da área de educação que, estão sempre em busca de implementar melhorias no trato com a criança, possibilitando sua estimulação e desenvolvimento pleno.

Hoje, trazemos a Fisioterapeuta Helen Generoso, especialista em Neuropediatria, para uma entrevista bastante formativa. Ela nos orienta que, desde a gestação o bebê pode ser estimulado, através de carinhos na barriga, de músicas, além de fazer o pré-natal para acompanhar o seu desenvolvimento.

Ao nascer, a criança é avaliada segundo os critérios do Escore de APGAR (Aparência, Pulso, Gesticulação, Atividade, Respiração), demonstrando as condições do nascimento do bebê e consiste na avaliação da respiração, frequência cardíaca, cor, resposta a estímulos e tônus ao nascimento. Como menciona Helen “[…]existem teste de reflexos, mais específicos que são realizados pelos profissionais de saúde. Já no nascimento existe o APGAR (nota dada ao nascer, avaliando os 5 primeiros minutos de vida). A observação do primeiro minuto diz como ocorreu a transição intrauterina ao ambiente externo e a avaliação do quinto minuto determina melhor as condições do bebê. Neste exemplo, se a nota for “baixa”, a observação neurológica é ainda mais acentuada. No desenvolvimento típico, são esperados os reflexos primários, que vão parando ou evoluindo com a aquisição de outros controles motores.”

Como mencionamos no início do texto os primeiros marcos motores da criança são sempre repletos de dúvidas e anseios, porém essenciais para o desenvolvimento humano. No primeiro ano de vida devemos estar atentos, como indica a fisioterapeuta: Os marcos motores já iniciam com o controle da cabeça, sentar, rolar, engatinhar, andar, esses são alguns exemplos de marcos do primeiro ano de vida. Todos são importantes para o desenvolvimento, afinal cada um tem uma finalidade. Por exemplo: o grande dilema de engatinhar ou não. Nesse movimento um dos principais ganhos é aprender a dissociar a cintura escapular e pélvica, mais do que o tempo de prática. É de fundamental importância a dissociação das cinturas, para que a marcha não seja em “bloco”, ou para que a criança não caia tanto. Com esse exemplo, podemos começar a entender a importância de cada marco motor. Saber isso, possibilita que possamos escolher potencializar ou não o desenvolvimento dos marcos motores.”

Para os bebês é sempre importante oportunizar vivências lúdicas que estimulem a coordenação motora global e refinada. Colocar brinquedos no chão, preparar o ambiente para que seja seguro em caso de queda, e deixar com que o bebê explore as possibilidades de brincar. Antes de engatinhar, coloque-o de bruços e permita que ele tente se locomover até o brinquedo, ofereça situações em que ele esteja confortável para manipular objetos de forma lúdica.

Quando a família ou os cuidadores começam a ter dúvidas sobre os marcos de desenvolvimento motor é importante buscar um profissional para auxiliá-los, seja na orientação de como proceder, seja para uma avaliação específica. “Os sinais a serem observados são os movimentos e interações do bebê. É importante lembrar que temos que respeitar o tempo e a individualidade de cada criança”, menciona Helen.

Quais marcos motores podemos listar aqui a fim de auxiliar o olhar atento à criança? Vejamos:

Até os 3 meses espera-se que a criança tenha o controle da cabeça.

Por volta dos 5 meses espera-se que a criança aprenda a rolar de um lado para outro.

Por volta dos 6 meses a criança deve começar a sentar-se sozinha, ainda com apoio.

Por volta dos 8 meses espera-se que a criança sente sozinha, sem apoio.

Por volta dos 9 meses espera-se que a criança engatinhe e tente “puxar” o corpo para ficar em pé.

Em torno dos 12 meses a criança deve iniciar o seu andar sem apoio.

Obviamente que, cada criança tem seu tempo, seu desenvolvimento individual e, os estímulos são fundamentais para que o desenvolvimento sadio ocorra.

“Em todas essas fases, temos que lembrar que outros sistemas também estão em pleno desenvolvimento e, precisam ser observados e estimulados igualmente. A criança e nós, também, aprendemos pelas experiências vividas. Buscar diversificar é um dos grandes segredos.” – finaliza Helen.

– Caso você tenha alguma dúvida ou precise de orientação específica, a Fisioterapeuta Helen Generoso está à disposição através dos canais de atendimento a seguir. É só clicar para entrar em contato:

E-mail: fisio.helengeneroso@gmail.com

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