Um ano avassalador. Um ano que o Mundo parou. Um ano em que nossas perspectivas de vida foram revistas, refletidas, revisitadas sob novos olhares.

Um ano em que algo invisível tornou-se o mundo visível. Nações expostas ao COVID-19. Vidas sendo ceifadas. Vidas lutando para viver!

Um ano de resiliência. De resguardo. De introspecção.

Mas, sob olhares cautelosos, a vida foi sendo vista de uma nova maneira. O belo se tornou mais belo ainda. O então despercebido passou a ser notado e enaltecido.

Agradecíamos pelos pássaros cantando. Agradecíamos pela lambida do cachorro. Agradecíamos pelo ronronar do gato. Agradecíamos pelas flores que nasceram no jardim. Agradecíamos aos dias ensolarados e aos chuvosos também. Agradecíamos!

A vida nunca teve tão próxima à morte. A morte nunca foi tão vivida, sentida e próxima de todos.

Um ano em que as famílias viram dentro da sala de aula, auxiliando os professores e, vendo de perto, muito perto, a labuta do trabalho docente. O ano em que a escola foi para dentro das casas e as casas se escolas. Professores exaustos, mais que nunca, expostos a sociedade de tal forma que, sua árdua luta se tornou a luta de muitos! Espero, do fundo do meu coração, que a escola e seus professores ganhem um novo olhar pós-pandemia! Que valorizemos o docente que “só brinca”, “só dá aula”, que “tem duas férias por ano”! Que as mensalidades escolares nunca mais sejam questionadas, nem tampouco, os materiais didáticos … que o valor agregado à educação seja multiplicado. Que possamos entender que é a escola a responsável pelas pesquisas que irão salvar o Planeta Terra dessa Pandemia!

Porque você está aqui? Porque você está lendo este texto? Porque estou aqui?

Uma Parábola Mística Islâmica conta que …

“Na noite da sua morte, um dervixe (religioso religiosoo que manifesta sua devoção ou estados místicos por meio de dança, gritos e etc.) chegou à porta do paraíso. Maravilhado e louco de alegria, perguntado ao porteiro:

– Então, porque estou aqui? É porque rezei muito, durante a minha vida inteira?

– Não, não … – respondeu o porteiro, sorrindo.

– Será então que foi porque jejuei muito?

– Que nada! Você não adivinha de jeito nenhum!

– Então por que foi?

– Pois bem, vou lhe contar! Numa noite de inverno, em Bagdá, numa noite em que fazer muito frio, você apanhou uma gatinha abandonada e a aqueceu em seu capote. Você aliviou os sofrimentos dela, por isso é que está aqui, na porta do paraíso!

Quem você aqueceu em 2020? Quem você confortou? Você foi o gato ou o dervixe? Não se esqueça que o mundo é cíclico! Hoje você pode ser o gato, amanhã será o dervixe!

Que as 365 oportunidades que lhe são concedidas, seja bem aproveitadas! Que você pode ser o dervixe em 2021 e, se for o gato, que hajam dervixes em seu caminho!

Um Feliz 2021!

 

– Acompanhe nossas reflexões em nossas demais mídias sociais, clicando sobre o link  Liderança Educativa.