Você sabia que a alimentação da mulher (e até do homem!) influencia na fertilidade, na qualidade dos óvulos e dos espermatozoides e, você pode se organizar de maneira positiva a dar uma “ajudinha” extra no processo de concepção?

Todo planejamento, durante as etapas da vida que passamos, é importante para nos facilitar o caminho, para nos dar mais tranquilidade, segurança e, até mesmo, para nos mostrar que, a organização das nossas escolhas de vida pode nos trazer grandes ganhos diante dos conhecimentos que adquirimos e colocamos em prática antes de executar nossa ação.

Educar é isso! É uma rede de planejamento, de pesquisas, de ações que, realizadas em conjunto tendem a ter resultados mais satisfatórios para nossas aprendizagens. Escolher ser mãe/ pai é uma responsabilidade desde o período de planejamento da gravidez. E, por acreditar que a rede de apoio, é fundamental para que as nossas conquistas sejam mais exitosas, trazemos hoje as contribuições de Michele Marques Hernandes Castellano, que atua como Nutricionista Clínica e é especialista em Nutrição Materno Infantil, atuando tanto na parte clínica quanto em escolas onde, de forma lúdica, desenvolve aulas destinadas aos estudantes sobre o incentivo de uma alimentação saudável desde a primeira infância.

Quando o casal opta por iniciar o processo de tentativas para engravidar, a ansiedade toma conta da situação. A visita ao ginecologista/obstetra é primordial e, cuidar da alimentação é essencial!  Michele nos apresenta a relação da boa alimentação da mulher e sua influência no processo de ovulação, relatando que “o consumo adequado de nutrientes no período pré-gestacional está diretamente ligado tanto à fertilidade quando a um bom desenvolvimento gestacional. Todos os fatores externos ambientais (alimentação, tabagismo, estresse, atividade física, exposição à poluição) influenciam na produção de hormônios, na produção e maturação do óvulo, na saúde uterina e nas fases do ciclo menstrual. Claro que a parte genética existe (não podemos descartar!) mas, uma alimentação adequada pode sim, aumentar as chances de gravidez”.

Muitas pessoas acreditam que a alimentação só deve ser cuidada após a concepção o que não é verdadeiro, como mencionado.  Michele nos alerta que durante a produção do óvulo, o corpo passa por vários estágios hormonais e, a produção destes hormônios estão intimamente relacionadas ao consumo de alimentos adequados. “A maioria dos hormônios são compostos fluidos de vitaminas e gordura, porém uma gordura benéfica, que permite a maturação do óvulo durante o ciclo. Ácidos graxos, como o Ômega 3, auxiliam na produção do muco cervical, que tem a função de auxiliar no transporte do esperma ao óvulo; Vitamina D diminui níveis de estresse e depressão (fatores que alteram o ciclo menstrual), uma boa reserva de Ferro previne uma anemia durante a gestação. Enfim, os nutrientes que fazem parte de uma alimentação saudável são essenciais em todo período gestacional”, comenta Michele.

Para que a gestação ocorra em perfeita harmonia, no que se refere à alimentação saudável, a fertilidade masculina, também pode (e deve!) ser “cuidada” com uma alimentação rica em nutrientes. Desta forma, faz-se necessária a introdução de alguns alimentos específicos na rotina alimentar masculina, para que os espermatozoides também possam ser fortalecidos, como menciona Michele “se o gameta masculino (espermatozoide) também tem uma programação metabólica defasada, relacionada ao estilo de vida (obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, consumo de açúcares e gorduras) o gameta se torna “fraco” e pode não conseguir perfurar o óvulo, ou se conseguir, poderá não ter a capacidade de se unir ao gameta feminino (óvulo).”

Não existe uma receita de alimentos pré-estabelecidos para todos os casais! Quando se opta por uma gestação, muitos fatores precisam ser elucidados pela mulher e pelo homem! Um bom “pré-natal” se inicia desde o planejamento desta gravidez, quando vários profissionais podem ser envolvidos e, cada um deles, irá colaborar para que tudo que está ao alcance de uma gestação sadia possa ocorrer.

A consulta prévia com uma nutricionista se faz necessária para que seja realizada uma anamnese (estudo) do casal, dos seus hábitos alimentares e de outros fatores que, em conjunto com outros profissionais, possam estabelecer um protocolo personalizado para cada caso. “Cada pessoa é única, então, para se ter resposta adequada é necessária uma avaliação mais aprofundada e individualizada do estilo de vida e histórico de saúde do casal (anamnese), estudo de exames, taxas metabólicas e verificação do consumo de macro e micronutrientes (carboidratos, proteínas, gordura, vitaminas e minerais), para que, de posse de todos os dados, conseguir ajustar uma dieta priorizando “carências” nutricionais ou adequando nutrientes que estejam em excesso no organismo. Uma deficiência de vitaminas e minerais está diretamente relacionada a baixa fertilidade e distúrbios na produção hormonal”, explica Michele.

Depois de todo o processo de planejamento e cuidados pré-concepção, e a gravidez ocorrendo(!), o acompanhamento nutricional é de suma importância para o desenvolvimento fetal. Já na concepção o histórico alimentar auxilia na implantação do zigoto no útero materno, como é o caso da Vitamina D. Uma dosagem de Ferro correta ajuda na prevenção de uma possível anemia tanto na mãe quanto no bebê. O Ácido Fólico, amplamente conhecido, é extremamente importante para o desenvolvimento do tudo neural do feto, assim como vitaminas do Complexo B que auxiliam na construção dos órgãos interno, músculos e pele do bebê.

Vale ressaltar que, para que a saúde da mãe e do bebê sejam preservadas, o consumo de determinados alimentos deve ser evitado! Como menciona Michele “evitar ao máximo bebidas alcoólicas (quando a mãe toma uma taça de vinho, é como se o bebê tivesse tomado oito taças, pois o fígado do bebê ainda está em formação e não consegue metabolizar o álcool), alimentos processados com grande quantidade de açúcar refinado (refrigerantes, sucos de caixinha) que podem elevar a glicemia da mãe e levar a uma diabete gestacional, enlatados, alto consumo de alimentos com farinha branca, embutidos, excesso de cafeína e termogênicos (podem causar aborto ou parto prematuro).”

Informações importantes, úteis e com o acompanhamento de um profissional de confiança podem auxiliar (e muito!) no processo de gestação de forma sadia, natural e sem cobranças excessivas! Tudo, em nossa vida, precisa de equilíbrio, como finaliza Michele: “EQUILÍBRIO é a palavra chave em todos os aspectos da nossa vida e, no momento do preparo para engravidar, não é diferente! Tenha em mente que o uso de suplementação sem um acompanhamento profissional pode gerar mais riscos do que benefícios. Uma alimentação saudável e “sem neuras” deve ser um estilo de vida. Quanto melhor nutrirmos nosso corpo, melhor ele responderá às nossas necessidades e expectativas. Evite dietas radicais e dietas que limitam algum tipo de nutriente. Como disse anteriormente, cada indivíduo é único e só um profissional capacitado pode avaliar se é preciso alguma modificação em seus hábitos alimentares e só ele poderá propor mudanças que não prejudicarão sua saúde.”

Com as contribuições da Nutricionista Michele o seu planejamento familiar e seu estilo de alimentação já podem ganhar uma “forcinha extra”! Michele desenvolve um rico trabalho com famílias e está à disposição para atendimento online, pelos canais: WhatsApp (11) 9.7444.0588 / Instagram @michele_nutri.miFacebook pronutrimichele