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Não conseguimos falar da infância, do desenvolvimento infantil, de crianças, sem falarmos sobre o brincar, sobre as brincadeiras. O brincar é cultural, traz aspectos que dizem muito sobre sua cultura, sobre a sociedade em que vive, sobre o tempo e o espaço que estão ao dispor da criança para que ela brinque. É a brincadeira a responsável pelo vivenciar lúdico da infância, do descobrir a si mesma, aprendendo a realidade que a cerca, dando significado ao pensamento, permitindo o processo simbólico que promove o desenvolvimento da cognição.
Quando a criança brinca ela traz para o concreto seus conflitos, seus anseios, sua aprendizagem adquirida pela observação, além de promover a interação entre os pares, a resolução de conflitos, a criticidade e a reflexão.
A importância das brincadeiras para a socialização
O brincar tem papel fundamental na socialização da criança, pois é através desta vivência que ela aprender a partilhar, cooperar, comunicar seus desejos, aprende a se relacionar com o outro, entendendo suas diferenças e desenvolvimento o respeito por si e pelo outro, elevando sua autoestima e melhorando sua auto-imagem.
O brincar permite que a criança passe por um processo dialético, ou seja, repleto de experimentação que permite que a criança coloque a prova seu conhecimento, construindo novas aprendizagens e estabelecendo novos pontos de vista.
A criança aprende através da brincadeira, pois é nessa experimentação da “verdade”, do contexto social, que ela conhece suas potencialidades, suas fragilidades, seu conhecimento adquirido, fazendo relação, posteriormente, com novas situações que permitam a aplicação deste novo conhecimento.
A importância do ócio para o desenvolvimento infantil
A criança precisa do ócio, ou seja, do momento de lazer que ela possa criar, recriar e estabelecer novas conexões neurais que tragam novos saberes.
A brincadeira também pode ser mediada por outra criança, ou pelo adulto, seja ele o professor, a mãe, o pai, os tios, os avós.
As brincadeiras em diferentes espaços e contextos
Na escola, o brincar terá sua função ora mediada, ora livre. Neste momento o professor irá observar aspectos da aprendizagem da criança, tendo subsídios para avaliá-la, para fazer a sua mediação e inserção de novos desafios. Ora, apenas irá observar o seu desenvolvimento social, sua atuação frente aos conflitos e frente aos desafios que a brincadeira proporciona.
Em casa, a família tem seu papel fundamental na brincadeira também. Desde a preparação do espaço, a seleção dos brinquedos proporcionando um ambiente enriquecedor e desafiador. Não há necessidade de brinquedos caros, rebuscados. A criança precisa de brinquedos que estimulem sua imaginação, sua capacidade de interação com o brinquedo gerando aprendizagem. Vale uma caixa de papelão, uma colher de pau e potes de plástico utilizados na cozinha. Vale inserir elementos da natureza: água, terra, areia, folhas secas. Vale oferecer experimentos, descobertas, incentivando dar nova funcionalidade a um brinquedo. Vale usar o corpo, os sons.
Desenhar com graveto na terra, ou numa caixa de areia que pode ser usada em casa, atividades que proporcionem o desenvolvimento das linguagens musical, corporal, gestual, escrita. Que permitam a aquisição e o desenvolvimento da fala.
Em alguns momentos o adulto vai interferir na brincadeira, sugerindo um novo desafio, ou dando um novo “norte”. Ora vai apenas observar, ora vai interagir e brincar junto.
Você sabe quando deve interagir, observar apenas ou brincar junto? Nossa consultoria possui um plano de Consultoria e Treinamento e, juntos, podemos validar ações que permitam o brincar no ambiente escolar – clique e conheça.
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