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Uma cadeira… Nos últimos dias, pudemos presenciar dois atos de violência: um ato físico e um ato psicológico.
A crescente da violência, tanto física, quando verbal, que afeta o emocional, o psicológico, da vítima, tem sido muito presente na sociedade atual. Não sou psicóloga, nem tão pouco atuo na área da saúde mental, mas sou mãe, professora, cidadã.
Quando olhamos para o outro e identificamos nele suas falhas, suas limitações, suas inquietações, estamos espelhando, talvez, virtudes que gostaríamos de ter e não as temos, ou nos incomodamos com o que o outro é, ou tem e, não sabemos lidar com a nossa frustração. Com isso, desferimos “cadeiradas”, palavras de ofensa, desprezo e tantos outros sentimentos desagradáveis que falam mais de mim do que do outro.
A violência em amplitude
A violência não é a melhor maneira de intermediar conflitos, por isso, nossa sociedade é estruturada em regras, deveres e direitos (ou ao menos deveria ser/ seguir).
Trabalhar isso com as crianças não tem sido uma tarefa fácil, já que a defesa, por vezes, também pode ser vista/ interpretada como violência.
Hoje, muito além da violência física, a presença da violência psicológica, tem sido considerável… Quando falamos em crianças, a violência psicológica pode ser praticada através de ameaças, humilhações, desvalorização, rejeição, falta de diálogo, negligência, críticas maldosas, comparações. A criança não possui filtro que a faça avaliar que ela não é, ou não faz, o que um adulto, que deveria ser seu ponto de apoio, está apontando, verbalizando.
Uma cadeira, direitos e deveres
Mas voltando na “cadeira”. A sociedade está cada dia mais “doente”! Esta é uma frase que temos ouvido com constância. Adultos que deveriam ser exemplo, que deveria dar o exemplo, que deveriam nos “defender”, lutar por nossos direitos, estão precisando de ajuda. Uma cadeirada, uma ameaça verbal, um xingamento. Sem filtro, sem o uso de deveres, apenas de diretos velados.
Outra frase que ouvimos muito é: “Seu direito acaba quando começa o meu”. Mas, e os seus deveres? Você os conhece?
Que nossas crianças sejam poupadas de cadeiradas, que não sejam os futuros “jogadores de cadeiras”! Mas que não sejam também, aqueles que usam da sua posição para humilhar, para rebaixar, para doutrinar.
Que possamos desenvolver, com nossas crianças, seres pensantes, críticos, responsáveis, respeitosos. Avaliadores de boas condutas, que sejam capazes de mediar conflitos, de mostrar mudança positiva e significativa.
Que, como adultos mediadores, sejamos ativos na escuta, na acolhida, na mediação. Que possamos “mudar a chave”, “mudar a rota”.
Utopia? Não! Desejo. Compromisso. Mãos na massa! Comecemos agora, independente da nossa localidade, a ver a sociedade com “outros óculos”, sob uma nova ótica e, que não apenas cobremos, mas que sejamos funcionais em nossos papéis.
A história Pedro e Tina: uma amizade muito especial é uma boa indicação para as crianças. Ela mostra como as diferenças podem ser acolhidas, bem aceitas e se tornam grandes amizades. Pode ilustrar, muito bem que, as opiniões e gostos diferentes podem ser somados e respeitados. Assista.
Mostrando, desde a infância, que podemos lidar com as diferenças de pensamento e opinião entre eu e o outro, tudo fluirá com mais leveza!
Como trabalhar esta temática com seus alunos, desde a Educação Infantil? Como alertar pais, professores, a atuarem de maneira significativa dentro deste tema? Conheça nossa Consultoria Educacional.
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